segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cronologia: Primeira Era

Esta postagem unirá todos os principais acontecimentos em Erellon durante a Primeira Era, época em que as primeiras criaturas sapientes viram a luz do sol e o brilho da lua, mas também a época onde Lozagon pôde deixar um rastro triste de maldade. Futuramente, os fatos listados abaixo serão contados muito mais detalhadamente, incluindo diálogos e descrições das cenas mais marcantes. Segue abaixo a cronologia da Primeira Era, cuja duração foi de dois mil e cinco anos.

As Cataratas de Ennor,  obra de 1946 PE, de Lómyndil.

0: Surgem os primeiros elfos: Lómil e Calathien, nas águas das Cataratas de Ennor.

1: Amithrandel, a Força da Luz, se materializa em uma forma elemental e orienta Lómil e Calathien, dando à eles a semente da Árvore Branca, que a plantam nas margens do Ennor.

4: Nasce Gladriendra, a primeira e única elfa de olhos vermelhos.

10: As sementes plantadas nas margens do Ennor dão origem à uma belíssima árvore completamente branca, Eärilmanduil, a Árvore Branca, que funcionaria como um canalizador de magia para os elfos.

15: Surgem os primeiros humanos: Silamus e Nessana, nas raízes do Grande Carvalho.

17: Lómil e Calathien criam a forma escrita de sua língua, ensinada à eles pela própria Amithrandel. Nasce Dalehar, filho de Silamus e Nessana.

22: Gladriendra encontra Oliligord, um celk, admirando as Cataratas de Ennor, a quem ela ensina o idioma élfico, brynna, que é adaptado por Oliligord para que os celks pudessem pronunciá-lo.

24: Surgem os primeiros anões: Tálin e Dís, no coração dos Montes Eonar. Pouco depois, os anões são apresentados ao ferro e as riquezas dos minérios pela Força da Luz, que se materializou em uma forma rochosa para poder entrar em contato com eles.

Os Visitantes, obra de 1024 PE, de Faraldur, ilustrando
a composição de Calathien tocada pela mesma numa triste
despedida dos humanos, que voltariam para sua terra natal.
29: Silamus e Nessana encontram Alialith, que os levam com seu filho a uma viagem aérea, para conhecerem o mundo em que habitavam. Deixando-os finalmente sob o cuidado dos elfos.

35: Nasce Tárin, o Escultor, filho de Tálin.

42: Depois de viverem 13 anos com os elfos, Silamus, Nessana e Dalehar voltam para suas terras ao Sul da mesma forma que foram para o Norte, e juntos criam a forma escrita de sua língua, como fora aprendido com os elfos.

50: Lozagon, a Força das Trevas, se manifesta na Profundidade.

51: A Terentatek é criada por Lozagon.

56: A Terentatek dá origem aos primeiros kelesethi, cujos nomes nunca foram descobertos.

145: Tárin, com a ajuda de seus irmãos, finaliza o Salão Prateado dos Anões , com muitas estátuas feitas de prata e pedra. Nesta mesma data, a língua anã ganha uma forma escrita, para que no salão recém esculpido em rocha sólida pudesse contar a história dos anões.

174: Nasce Ungôro, filha de Terentatek.

360: Os kelesethi saem da Profundidade e situam-se nas Montanhas Negras.

383: A Terentatek recebe de Lozagon o pedido de caçar e matar Alialith, criatura escolhida por Amithrandel para auxiliá-la.

399: Terentatek encontra Alialith e ambas iniciam uma longa batalha.

402: A batalha entre Terentatek e Alialith finalmente chega ao fim depois de 3 anos, com a vitória de Alialith, que havia sido envenenada pela criatura das trevas.

405: Alialith fica doente pela terceira vez e morre no topo do Monte Hunus devido ao veneno da Terentatek. Indignada, Amithrandel dá início sua batalha contra a Lozagon.

474: Os elfos encontram Ungôro, que assassina cruelmente Lómil e Calathien, também a pedido de Lozagon. Pouco depois, muitos elfos peregrinam para outras regiões de Erellon. Aproximadamente na mesma data, surgem os primeiros orcs, nos pés dos Montes Eonar. Meses depois eles irão viajar para o Desfiladeiro da Raíz Escura, onde ficarão e se multiplicarão por muito tempo, isolados dos outros povos.

478: Ungôro, incessantemente perseguida pelos elfos, esconde-se no Cânion Mumali, onde ficará por muitos anos.

O Cânion de Ungôro, obra de 1937 PE, de Lómyndil.
500: Os kelesethi procriam bastante e extendem seus domínios por toda a região das Montanhas Negras, dando origem a dois reinos de sua raça asquerosa (cada um governados por dois grandes líderes), Path-Darr, cujo primeiro Vanali era Anub'Nezar, e Foth-Darr, menor do que o reino vizinho, seu Vanali era Arak'Silitus. No mesmo ano, morre Silamus, com 485 anos de idade.

500-2000: Neste intervalo de 1500 anos, pouca coisa realmente significante aconteceu além de que os elfos, humanos, anões e kelesethi prosperaram como nunca, enquanto Amithrandel e Lozagon participavam de uma batalha invisível aos olhos dos povos que viviam abaixo do espaço onde não há oxigênio para respirar.

2005: A Treva é derrotada pela Luz, recebendo um castigo eterno, trancafiado numa forma mais frágil e menos poderosa na Profundidade, que havia sido fortificada pelos anões e transformada em uma prisão à pedido de Amithrandel. Muitíssimo fraca, esgotada após um duelo de 1600 anos, Amithrandel une-se à Eärilmanduil, passando todo seu poder à ela até o dia em que retornasse de seu descanso. Este é o fim da Primeira Era, com a ausência das duas maiores forças que já existiram em Erellon.

Curiosidades da Primeira Era:
→ Dalehar e Nessana, assim como alguns outros humanos, morreram afogados numa enchente do Rio das Memórias, dois anos após o falecimento de Silamus.
→ Embora os kelesethi tenham se originado de um aracnídeo, eles eram muito mais semelhantes aos humanos.
→ Os kelesethi recusaram servir a Terentatek.

Amithrandel e Lozagon

Um dos mais antigos textos
élficos sobre Amithrandel.
Amithrandel, a Força da Luz e da Bondade, surgiu provavelmente no mesmo instante em que o Universo e todas as suas estrelas tomaram forma e assumiram suas posições no espaço sideral, e assim talvez tenha sido com Lozagon, a Força das Trevas e da Destruição, embora só tenha se manifestado pela primeira vez bem depois de Amithrandel, e alguns acreditam que o nascimento da Luz resultou no nascimento simultâneo das Trevas, ou vice versa.

A forma original destas duas forças não pode ser vista, pois eles simplesmente não têm o formato de nada que ninguém jamais tenha visto, mas podem se materializarem (o que diminui significativamente seus poderes) do jeito que lhes parecer melhor.

Apesar de não terem criado o Universo, chamado pelos elfos de Calilmawién, que significa “Imensidão Desconhecida” ou “Extensão Desconhecida” (calil + mawién), tanto a Força da Luz quanto a Força das Trevas podem criar formas de vida e manipular os elementos da natureza com uma facilidade incrível, porém, após a queda de Lozagon e o descanso de Amithrandel na Primeira Era, mais nenhuma criatura foi criada e nem uma elemento movido pelas Forças.

Segundo as lendas, Amithrandel costumava admirar Erellon voando pelos céus montada em seu fiel servo, Alialith. Enquanto Lozagon caminhava pelas profundezas do planeta tramando seus planos maléficos na forma de guerreiro gigante, que possuía coroa e armadura de metal negro, decorada com um topázio enorme, fornecido a ele por anões corrompidos, que viviam nas Montanhas Negras e costumavam minerar nas cavernas da Profundidade.

Introdução ao cenário

Pense em Erellon num lugar aparentemente semelhante à Terra, um planeta azul, uma lua orbitando-o, mas no interior dele pode-se ver que é muitíssimo diferente de tudo o que conhecemos. Por lá vivem criaturas mágicas, algumas hostis e cruéis, outras tão sombrias que aprenderam um modo de dominar artes obscuras e que nunca deveria ter sido descoberta: a Força das Trevas. Mas onde existe o mal, também existe o bem. Longe dos domínios das trevas, reina a beleza e a bondade dos elfos, que descobriram uma forma de controlar a chamada Força da Luz, que tem como objetivo manter a harmonia entre natureza e as formas de vida que a habitam.

Anões, gigantes, humanos e dragões também caminham (e voam) sobre a superfície deste mundo, não só eles mas uma quantidade enorme de espécies diferentes, uma variedade tão grande que ninguém pôde visitar e se comunicar com todas. Assim é o mundo fantástico de Erellon, repleto de segredos e muito a ser explorado!